Madeira, a Ilha-Jardim do Oceano Atlântico. Este belo lugar era conhecido pelas suas florestas exuberantes, pelas suas gentes e pelas suas tradições únicas. Ao contar a sua história, cada visitante valorizava uma experiência diferente: as levadas, os antigos túneis, os bordados de linho e algodão, a gastronomia, farta e variada, o seu maravilhoso vinho, a brandura do clima, e por aí fora. Havia tanto para recordar e para conversar que as pessoas acabavam sempre por discutir sobre o que de mais belo ali tinham encontrado. Qual seria o elemento mais extraordinário daquele lugar?

 

Um dia, alguém teve uma ideia. E não foi um alguém qualquer. A Senhora do Palácio era uma mente criativa e mais ainda curiosa. «E se pudéssemos criar um espaço que mostrasse as raízes e as características singulares da Madeira?», perguntou. Juntar todas essas coisas de modo a que as pessoas pudessem experimentá-las, para depois decidirem sobre qual delas deveria ser considerada a mais extraordinária representante de toda a ilha. Era a forma de acabar com a discussão. Teria de ser um lugar que reunisse a história e as tradições com as novidades, porque a Madeira estava em constante transformação, como um organismo vivo, encantado.

 

Assim foi criado o Palácio do Amanhã e dos Dias Passados.

 

Um Palácio feito de magia.

Suaves tecidos pastel erguiam-se como majestosas paredes, ondulando com a brisa oceânica. Artesãos locais vindos de toda a ilha criaram peças únicas de decoração, num dedicado tributo aos tesouros naturais da Madeira. As flores nasciam e exalavam os seus perfumes um pouco por toda a parte, dos grandes salões aos notáveis quartos privados, que, como autênticos casulos, pareciam suspender o tempo. Muitos artefactos foram reunidos e partilhados com os visitantes, cada um com a sua história e o seu encanto. Enquanto tudo isto se desenrolava, novas situações se sucediam, vibrantes e inesperadas, surpreendendo até os hóspedes mais preparados. Era uma Madeira que se transcendia.

Chegaram pessoas de todos os pontos do globo. Jovens exploradores, viajantes experientes, sozinhos e em grupo. O Palácio do Amanhã e dos Dias Passados era a melhor forma de descobrir o símbolo mais autêntico da Madeira. Era preciso algum tempo para se absorver tudo. Uns ficavam dois dias, outros preferiam entregar-se durante semanas. Todos à procura daquele elemento único.

 

Por fim, as pessoas começaram a anunciar as suas escolhas.

 

Alguns identificaram a gastronomia.

Outros, as dádivas da Natureza.

Uns mencionaram o fogo de artifício.

Outros ainda, as constantes novidades.

E, claro, o vinho.

 

Não havia nenhuma conclusão mágica.

A Madeira não tinha um só elemento. Distinguia-se antes pela infinidade das suas maravilhas.

E o lugar para a sentir como em nenhum outro, ali estava agora para todos descobrirem.